História da impressão offset

A litografia foi a precursora da impressão offset. Desenvolvida em 1789 pelo ator e artista de teatro Alois Senefelder na busca de uma forma econômica de reproduzir folhas de música e dramas. A impressão consistiu em utilizar uma pedra calcária lisa e plana (pedra de Solnhofen), na qual ele escreveu a "imagem" invertida com um lápis à base de graxa; em seguida, umedeceu a pedra, fazendo com que as áreas onde se encontram a escrita, por serem gordurosas, afastassem a água. A tinta, aplicada em seguida, por outro lado tem afinidade com a base gordurosa do lápis e repelência com a água, por isso se concentra nas áreas de imagem (grafismo).
Fotografia de Alois Senefelder
Precursora do processo offset, a litografia foi desenvolvido por Alois Senefelder (1771 - 1834)
Este processo de impressão planográfica preparou o caminho para o desenvolvimento da impressão offset moderna. Atualmente, o processo offset convencional ainda utiliza esse princípio básico de afinidade entre a tinta e o grafismo, e a solução de molha e o contra-grafismo (áreas onde não há imagem). Tecnicamente, as áreas de grafismo de uma chapa de impressão offset são lipófilas, ou seja, atraem substâncias gordurosas, como a tinta utilizada no processo; e as áreas de contra-grafismo são hidrófilas, ou seja, atraem a solução de molha, em parte constituída por água.

Impressoras desenvolvida por Alois Senefelder
Impressoras manuais de coluna e de cilindro desenvolvidas por Senefelder. Fonte: Heidelberg, 2006.

Por muito tempo, a litografia foi restrita aos artistas para a impressão de músicas, mapas, gráficos e ilustrações, pois o processo de desenhar, transferir e imprimir era manual e árduo. A gravura em madeira, cobre e aço ainda era utilizada, na ocasião, principalmente para reproduzir gráficos. Mais de cem anos após a invenção da litografia, a tipografia ainda é predominante e mais econômica, passando por sucessivos aperfeiçoamentos, chegando ao grande sucesso do desenvolvimento da Linotype.
Em 1803, a primeira prensa mecânica (Gutenberg) foi construída pelo tipógrafo Friedrich Koenig, em Suhl na Alemanha. A máquina era inteiramente de madeira e parcialmente automática. A experiência fracassou. Porém, obteve sucesso na Inglaterra, na época, país líder na produção e industrialização de aço. Poucos anos depois, em 1810, Koenig patenteia sua máquina e já em 1811 a primeira impressora começa a trabalhar. Rolando o papel pela impressora com o uso de um cilindro, ela trabalhava 10 vezes mais rápido que as impressoras manuais tradicionais.
O desenvolvimento da fotografia e da química também teve papel fundamental na evolução das técnicas de impressão. Nicéphore Niépce e Louis Jacque Mande Daguerre, inventor do método de iodeto de prata (sal de prata utilizado nos filmes de máquinas fotográficas) trabalharam juntos para aperfeiçoar suas descobertas. O método foi anunciado em 1833 sob o nome de "daguerreografia". O avanço da fotografia em meados do século XIX permitiu ao austríaco Carl Angererdesenvolver clichês com o francês Firmin Gillot. Em 1870, Angerer obtém com sucesso clichês de impressão em autotipia, quando se envolveu em uma disputa por patentes com o gravador de cobre George Miesenbach, que conseguiu produzir a primeira retícula linear, patenteada em 1882. A autotipia divide fotos em pontos, permitindo a reprodução fiel do original.

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